segunda-feira, novembro 17, 2008

Carta aberta aos presidentes de Federações

Senhores Presidentes,


Eleição da União Pan-America na de Judô

Como é do conhecimento de todos, na qualidade de candidato a UPJ, o presidente da CBJ não compareceu na Assembléia Geral da União Pan-Americana de Judô realizada no dia 17 de outubro deste ano, onde foi reeleito o Engenheiro Jaime Casanova Martinez, dominicano, para dirigir a Entidade Continental para o período de 2008/2012. É lógico que para não comparecer junto com seus aliados, o atual presidente da CBJ, conforme carta enviada a todos os senhores deve questionar nas instancias competentes, as ilegalidades da
Assembléia, de forma que estará envolvido em processo litigioso que ensejará tempo disponível, dispêndio financeiro e sua presença nas diversas instâncias internacionais cabíveis para dirimir essa demanda. Fica claro que o objetivo maior do atual presidente é sua ascensão a nível internacional, e o seu desejo ser espectável.



Aplauso, se necessário:

Não podemos deixar de registrar os excelentes resultados que o Brasil vem conquistando
ultimamente a nível internacional. O trabalho capitaneado pelo professor Ney Wilson à frente
Coordenação Técnica Internacional merece nossos elogios e aplausos. Tenho conhecimento que
esse trabalho é gerenciado e desenvolvido de forma estanque. As verbas oriundas para o
desenvolvimento do judô, nesta coordenação, são administradas exclusivamente pelo seu
Coordenador, Ney Wilson, de sorte a atender exclusivamente aos projetos desenvolvidos por ele.
O professor Ney Wilson conseguiu quase o impossível, ou seja, ter autonomia numa administração eminentemente personalista. Considerando o trabalho de alto nível desenvolvido exclusivamente pelo professor Ney Wilson, fica evidente que sobraria tempo para o presidente da CBJ desenvolver um trabalho valorativo juntos as federações. No entanto, ancorado no trabalho desenvolvido pelo professor Ney Wilson, resolveu juntar todas as suas forças e tempo vislumbrando-se projetarse internacionalmente, que teve como conseqüência um trabalho junto às federações considerado anódino pela grande maioria dos presidentes.



Enquanto a Coordenação Técnica Internacional conseguiu implementar um trabalho vistoso e com resultados, o mesmo não podemos dizer da Coordenação Técnica Nacional. Não tivemos nenhuma iniciativa dessa Coordenação no sentido de promover cursos, aproveitar atletas
reconhecidamente de valor técnico oriundos dos diversos Campeonatos Nacionais. Essa
Coordenação, que no meu entender teria grandes condições de alavancar projetos visando a
diminuição das diferenças técnicas entre as regiões, limitou-se exclusivamente a coordenar os
campeonatos nacionais, no que diz respeito a promover o congresso técnico e fazer as chamadas
das lutas, funções estas muito aquém da capacidade técnica e intelectual do Coordenador João
Rocha. Tenho plena convicção que essa coordenação se amiudou, não em função do seu
coordenador, mas sim, em conseqüência da falta de visão do atual presidente da CBJ.



No entanto, o tão propalado verboso desenvolvimento do judô de base, discurso adotado pela CBJ depois de inúmeras inserções nossas na mídia sobre esse tema, não deixa de ser uma verdadeira enganação. Todos os presidentes sabem que o aparecimento de atletas com resultados a nível nacional é exclusivamente fruto dos seus trabalhos a frente das federações. Querer usurpar esse trabalho torna-se risível. As federações, especialmente as do norte e nordeste, conseguem títulos a nível nacional, no entanto, com raras exceções, não conseguem chegar ao topo. Ainda existe muito trabalho a ser feito, e nesse sentido é imprescindível uma parceria entre as federações com a Confederação visando diminuir essas diferenças técnicas existentes entre as regiões. Para verificação dessas afirmações basta compulsarem os resultados da última seletiva "Projeto Londres 2012", que contou com a participação dos campeões brasileiros sênior de 2008. Das 14 (quatorze) vagas oferecidas, São Paulo ficou com 09 (nove); Rio de Janeiro com 04 (quatro) e Rio Grande do Sul com 01 (uma). Basicamente o resultado ficou entre Rio de Janeiro e São Paulo. Cadê a tão propagada massificação do judô? Precisamos urgentemente de programas que visem diminuir as diferenças técnicas entre as regiões. Cursos para os técnicos, treinamento para os atletas que ainda não estão no topo, mas têm chances de chegar lá, etc.


Algumas das nossas propostas o presidente de CBJ já incorporou em seu discurso: incentivo ao
judô de base, valorização e ajuda às Federações, valorização do quadro de arbitragem,
proporcionando um maior número de árbitros internacionais, na proporção da importância do
Brasil, entre outras. No entanto, esse engajamento verifica-se só na discurseira, em função da
próxima eleição da CBJ. O abandono é tão claro e evidente, que para tanto basta analisar o extrato do calendário da CBJ para verificarmos o descaso com a melhoria da condição técnica dos seus filiados. Observem que nenhuma satisfação foi dada as federações sobre a não realização desses cursos, no entanto podemos verificar que todos os treinamentos internacionais foram regiamente realizados com a participação de pouquíssimos atletas do Brasil, ou seja, aqueles que já estão no topo da pirâmide.


JULHO
A definir Curso Nacional de Capacitação Técnica A definir
SETEMBRO
A definir Curso Nacional de capacitação Técnica A definir
NOVEMBRO
A definir Curso Nacional de Capacitação Técnica A definir
DESEMBRO
A definir Curso Internacional de Capacitação Técnica (BRA)



É possível que o último, previsto para ser realizado em dezembro, por ser internacional, aonde o
presidente vem atuando sobremaneira visando sua ascendência, seja realizado, de forma a
beneficiar poucos brasileiros. Também é previsível que o curso previsto para novembro, em
função deste alerta, bem como a proximidade da eleição da CBJ, seja realizado ao afogadilho,
visando amenizar o seu descaso para com as federações.



Impende nesta oportunidade uma tomada de posição das federações. Essa repentina e esfuziante
manifestação do atual presidente da CBJ de que o próximo mandato será dedicado as federações
são inócuas e extemporâneas, nada mais são do que propostas vãs escoradas nas constantes
reclamações dos presidentes de federações.



Do quadro político atual:


Diferentemente do atual presidente que apregoava que detinha 22 (vinte e dois votos), nós
sempre fomos prudentes e coerentes em afirmar o número real de federações que estão
alinhadas a oposição. Dissemos no início, quando o presidente da CBJ propagava que tinha vinte e
dois votos, que detínhamos um número real de 14 (quatorze) federações nos apoiando. Diante
desse fato, ele correu através dos presidentes buscando comprovar o número de votos
apregoado. Assim quando da realização do Campeonato Brasileiro realizado no Paraná, ele
convidou os presidentes de federações para uma reunião, onde conseguiu arregimentar somente
15 (quinze) presidentes. Cumpre ressaltar, que os presidentes foram pegos de surpresa para
assinarem a "Carta de Curitiba". Tenho informação confidenciada por um dos presentes, que o
pedido para assinarem foi feito sob a égide da ameaça, não restando alternativa aos presentes
senão assinar documento. Antes afirmávamos que tínhamos 14 votos, hoje temos 16 (dezesseis)
sendo 12 declarados; 02(dois), que já estamos com suas declarações de votos firmadas e em
nosso poder, fato que oportunamente publicaremos; e mais 02 (dois) que se comprometeram
conosco em declarar seus votos a nosso favor no ato da realização da Assembléia Eletiva.


Do desespero a ameaça:


Segundo informação de pessoa do grupo do atual presidente, ele tem confidenciado a alguns
presidentes que não hesitará, caso se veja ameaçado de perder eleição, de tomar medidas
restritivas e de força para impedir a vitória da oposição. Quero tranqüilizar a todos que caso estas medidas estejam sendo planejadas, estaremos utilizando o antídoto necessário para coibir esse gesto desesperado e inconseqüente, que por si, irá macular a trajetória do atual presidente para sempre. Por nosso lado, pleiteamos o direto de todos votarem, no espelho do que vem
acontecendo nos últimos 20 (anos), onde nenhuma federação foi impedida de exercer o seu
direito cristalino de manifestar sua posição através do voto livre e soberano. Apesar de termos
pareceres conclusivos de alguns advogados, que apontam pela inelegibilidade do atual presidente
da CBJ em função da Execução Fiscal, processo nº 99.0006995-1, na qual figura como Réu, cujo
trâmite ocorre Justiça Federal do Estado do Espírito Santo, não temos a intenção de usar desse
artifício para inviabilizar sua candidatura. VENÇA QUEM TIVER MAIS VOTOS! VAMOS A VITÓRIA.


Simbaldo de Almeida Pessoa
Presidente da Federação Paraibana de Judô
Membro do Comitê Pró-Chico

Nenhum comentário: