segunda-feira, abril 30, 2007

PAULO WANDERLEY - ENTREVISTA

Dando seqüência a série de Entrevistas, publicamos hoje, uma entrevista com o Presidente da Confederação Brasileira de Judô, o Professor Paulo Wanderley.

Paulo Wanderley, atleta campeão, professor, técnico, árbitro, Ex-presidente da Federação Espírito-Santense de Judô, potiguar da cidade de Caicó (RN), mas capixaba de coração (chegou a Vitória com cinco anos de idade), foi eleito Presidente da Confederação Brasileira de Judô em 2001, ganhando a eleição ao enfrentar a “dinastia” Mamede, que estava no poder há mais de 20 anos. Qualquer semelhança com o quadro de Pernambuco, não será mera coincidência.

Na Administração de Paulo Wanderley, a CBJ voltou a ter credibilidade, recebendo patrocínios como da Scania e da Infraero, fato este impensável na Administração Mamede.

Com o exemplo de Paulo Wanderley, que conseguiu modificar a Administração da Confederação Brasileira de Judô, Pernambuco pode derrubar o último membro da Famiglia Mamede, o que proporcionará um desenvolvimento de nosso esporte.

Abaixo, publicamos as perguntas e respostas feitas ao Presidente Paulo Wanderley, a quem agradecemos a gentileza em nos atender, e acima de tudo, o respeito pelo judô.

Qual a avaliação você faria da perspectiva de Medalhas nos Jogos Pan-Americanos do judô Nacional?

Temos uma visão bastante otimista em relação à perspectiva de medalha nos Jogos Pan-Americanos. No último Pan o Judô já mostrou sua força sendo a modalidade que mais conquistou Medalhas de Outro para o Brasil. Ao longo dos últimos anos o trabalho intensificado e a retrospectiva de resultados apontam para a possibilidade de conquista de um maior número de Medalha de Ouro.

Além do trabalho com os atletas consagrados, que importância tem o trabalho desenvolvido pela CBJ na geração do futuro, e o que podemos esperar dessa nova geração?

Acredito que a força do nosso Judô está exatamente na capacidade de renovação da nossa equipe principal, saiu Mário Sabino, entrou Luciano Correa, no meio pesado. A vaga do pesado está entre o experiente Daniel Hernandes e o jovem de 21 anos, João Gabriel. No feminino, a vaga do ligeiro está sendo disputada pela titular de Atenas, Daniela Polzin e a jovem Sarah Menezes de 17 anos. Estes são alguns dos exemplos.

Nossa Seleção de Base tem sido cuidada com muita atenção. No recente Campeonato Pan-Americano Juvenil e Júnior, Sub 17 e Sub 20, respectivamente, disputado em abril na República Dominicana, o Brasil foi campeão obtendo 23 Medalhas de Ouro, das 32 possíveis.

Então, os resultados falam por si e garantem que esta geração terá cadeira cativa na Seleção principal num futuro muito próximo.

Estamos vendo o desenvolvimento do Judô, não só no Eixo Rio-São Paulo, mas principalmente em alguns Estados Nordestinos, como por exemplo: Piauí, Maranhão e Paraíba. De que forma a CBJ vem auxiliando esses Estados?

Na verdade não existe um direcionamento específico para este ou aquele Estado, o que possibilitou o grande saldo dos atletas das Regiões Norte e Nordeste, foi a política da CBJ de descentralizar a realização dos Eventos Nacionais. Quando realiza-se nesta Região Eventos de Qualidade, Campeonato Brasileiro, Seletivas para formação das Equipes Nacionais, nós possibilitamos a estes atletas mais e melhores intercâmbios e, como material humano é bom, basta dar oportunidade que o talento sobre-sai.

Como o Senhor analisa a saída de atletas que seriam referência para os novos judocas para outros centros, e que influência tem no desenvolvimento do judô?

Uma das formas de uma modalidade esportiva crescer é o surgimento dos ídolos, quando um atleta transforma-se num grande campeão ou campeã, certamente ele passa a ser referência da sua modalidade, abre espaço na mídia, serve de motivação para os colegas, atrai novos praticantes e agrega valores ao seu esporte.

A saída destes atletas para outros centros é uma situação de mercado nacional e não é privilégio de um Estado específico, por exemplo, o Luciano Correa surgiu em Brasília e hoje está em Minas Gerais. O Tiago Camilo, Medalhista Olímpico, sempre foi de São Paulo, hoje está no Rio Grande do Sul. Lílian Lenzi, uma das grandes revelações do judô feminino, sempre treinou e se projetou em Rondônia, agora é atleta da SOGIPA, em Porto Alegre. Mariana Barros, atleta de expressão de Pernambuco, agora está em São Paulo. Nem sempre o motivo é apenas a expectativa de melhorar os resultados obtidos em seus Estados de origem. As condições oferecidas a estes atletas incluem desde bolsa de estudo a uma boa ajuda de custo. É um fenômeno esportivo da atualidade, nem sempre positivo.

Estamos assistindo casos de atletas que migraram e não conseguem manter ou melhorar seus resultados. É muito difícil emitir uma opinião sobre qual a influência que a migração de atleta para outro centro pode exercer sobre o desenvolvimento da modalidade. Cada caso é um caso. Em geral acredito que a influência é maior ou menor na medida em que o Estado tem poucos ou muitos atletas de ponta. Quanto Tiago Camilo sai de São Paulo para o Rio Grande do Sul não causa muita diferença para seu Estado de origem, mas, quando o Luciano Correa muda de Brasília para Belo Horizonte, o efeito negativo para Brasília é maior.

Que conselhos o Senhor daria para os atletas pernambucanos que buscam um crescimento e desenvolvimento no esporte?

Pernambuco tem revelado grandes atletas, principalmente no judô feminino. Os técnicos são competentes e desenvolvem um bom trabalho.

Não sou bom de conselho, mas o que torna-se evidente é que na há evolução técnica sem intercâmbio com outras Cidades, Estados, Países. Não necessariamente a mudança definitiva para outro centro tido como mais evoluído, mas, estágios freqüentes, competições, competições, competições.....

Pietro Garcia

8 comentários:

Pietro Garcia disse...

No artigo Seletiva - Análise Final, tem um Comentário do Técnico Sandro Ferra, sugiro a todos que leiam.

Pietro Garcia disse...

Como vocês devem ter observado, foi colocado um novo contador, e conforme explicamos, estaremos fazendo uma comparação entre as visitas ao site da federação e o blog Judô Pernambuco

Resultado Parcial:
Visitas a FPJU-> 89 Visitas
Visgas ao Blog-> 97

Anônimo disse...

Pietro, mas uma vez nossos parabéns, a Entrevista com o Professor Paulo Wanderley é mais um golpe de verdade nas ilusões do Mota.

Paulo Wanderley parabéns pela entrevistas.

Mota, não dá mais pra se esconder.

Anônimo disse...

A Enquete demonstra o nível de satisfação.

A entrevista mostra o caminnho.

Se o Presidente da CBJ opina no blog, porque nossos técnicos silenciam?

Anônimo disse...

Carneiro - PE

Porque não publicaram meu depoimento?

Anônimo disse...

Sandro Ferraz continua o mesmo, primeiro fez um comentário em um artigo bem anterior ao publicado, na esperança de que Mota não tomasse conhecimento, afirmando FORA MOTA!

Agora faz outro comentário, também em artigo bem anterior: SELETIVA PARA O CAMPEONATO BRASILEIRO II, na esperança de que ninguém lêsse, e vejam que o artifício foi o mesmo.

No comentário, nega que tenha feito o primeiro comentário, e praticamente se retrata perante Mota.

Quem conhece Sandro Ferraz, como eu, sabe que ele é assim, na hora do aperto, abre.

Fala mal de Mota pelas costas, e na frente é aquela babação.

Se compararmos a postura de Sandro Ferraz com a adotada pelo Professor Targino, veremos a diferença do que é ter postura, e do porque o judô pernambucano chegou onde chegou.

Sandro, você não engana mais ninguém!

A entrevista do Professor Paulo Wanderley, demonstra que a mudança da CBJ, com a queda da Dinastia Mamede, transformou o judô brasileiro, com aporte de patrocinadores, com crescimento na mídia, e consequentemente com melhora técnica e de resultados do judô brasileiro.

Em Pernambuco, o último capo da Famiglia Mamede continua no poder, continua sugando o judô pernambucano, mas mostra uma esperança. Esta esperança é a queda de Mota, para que nosso judô possa ser novamente referência no judô nacional.

É preciso realmente dar um basta nesta administração que tem um único objetivo de lucrar, como foi na viagem a São Luis, onde Mota cobrou R$ 100,00, a mais dos pais, e na viagem a Natal recebeu a bagatela de mais de 12 mil dos abnegados pais.

Basta!

Pietro, parabéns pela entrevista!

Paulo Wanderley, parabéns pela independência e visão de crescimento do judô nacional.

Anônimo disse...

Pietro,

Parabéns pela iniciativa de entrevistar o Presidente da CBJ, uma entrevista lúcida e que nas entrelinhas traz vários recados.

Será que Mota vai negar que leu também?

O site está alcançando uma importância extraordinária.

Pietro Garcia disse...

Tenho sido questinado através de E-mails, comentários anônimos do porque destes candidatos,que estão na enquete, e como foi escolhido e porque?

-A escolha foi feita pela administração do blog, onde constavam mais de 10 nomes.

-Estaremos fazendo nova enquete em breve colocando nomes sugeridos, nomes que não constam desta.

-Não se trata de preferências ou indução de candidados,nosso objetivo é despertar que podemos ter mais de um candidado, e não ficarmos restrito a uma candidatura única, que se impõe pela força e pelo autoritarismo