Estamos em um momento de consternação com o acidente do avião da TAM, é um retrato do atual estágio moral de nosso país, onde o silêncio, a apatia, a resignação do brasileiro está levando o nosso país.
Se aceita passivamente esperar horas em um aeroporto, mesmo depois de um acidente gravíssimo como o da Gol, há dez meses passados, até acontecer novo acidente mais grave, onde foram ceifadas vidas inocentes, culpadas da incompetência de nossos governantes, que assistem a crise com retóricas, sem atitudes que resolvam o problema.
Nosso judô tem um quadro semelhante de apatia, passividade e resignação.
A Veja, desta semana, publica um artigo “PONTO DE VISTA “, da escritora Lya Luft que transcrevo parte, que é bastante adequada aos dois fatos:
“Por todas às vezes em que desviamos o olhar lúcido ou recolhemos o dedo denunciador: pagaremos um alto preço, durante um tempo incalculavelmente longo. E Não haverá errata”
...Então, alguém começa a fazer alguma coisa. Alguém, muito aos pouquinhos, se sente responsável e fala. Alguém mostra que não podemos a aceitar o que acontece nas ruas, nas casas, nos transportes aéreos, nos ministérios e no Senado, na vida em geral – e que só reclamar não adianta. É preciso denunciar, testemunhar, expor-se, mesmo correndo perigo de sentir-se isolado.
Ainda que o clima geral seja de euforia imediatista, há situações gravíssimas, claras e ocultas, nos quais diversos territórios da nossa vida, que merecem mais do que breve pensamento e falam de um evidente apagão moral. Por todas às vezes em que desviamos o olhar lúcido ou recolhemos o dedo denunciador, pagaremos – talvez num futuro não muito distante – um alto preço, durante um tempo incalculavelmente longo. E não haverá erratas. Ou será que eu estou precisando de umas feriasinhas em Pasárgada, para achar graça de tudo e parar de me preocupar?”
Pietro Garcia
quinta-feira, julho 19, 2007
APAGÃO MORAL
Postado por
Pietro Garcia
às
2:57 AM
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