
Quando resolvi escrever os artigos Medo Por Que? e Medo, tinha plena convicção de que estaria tocando em um assunto que poucas pessoas tem coragem de falar. A responsabilidade de cada um. Porque é muito fácil escolher o Presidente da Federação Pernambucana como único responsável pelo atual estágio do judô pernambucano.
Apontar a responsabilidade de cada um incomoda, causa revolta, porque as pessoas tendem a culpar os outros pelos seus erros.
Também sei que alguns que fizeram comentários contrários ao que escrevo, tinham plena convicção de que não os publicaria, pois elas fizeram tal análise baseada em seus próprios princípios.
Esta é uma tribuna livre, permite que cada um possa expressar suas opiniões que sejam favoráveis ou não ao que expressso.
Tenho questionado sobre a liberdade de se expressar, e não poderia fugir ao mesmo.
Em nosso último artigo, tivemos os comentários de algumas pessoas, que merecem resposta.
É muito comodo depois que um outro comentarista cobra a participação, o protesto de amigos de Sthephani, citando inclusives nomes, vir a público se pronunciar dizendo que ficou indignado com a sua preterição a indicação de melhor atleta do judô pernambucano, depois do fato acontecido, e pior ainda dizendo que não vê necessidade de moção de solidariedade. Indignação silenciosa, é o mesmo que aceitar e concordar com os fatos.
Elogiar a atleta é cair no lugar comum. Eu pergunto que atitude foi tomada? Quantos E-mail´s, telefonemas foram feitos a Federação para apresentar protesto? Nenhum. É melhor não se expor, é melhor adotar a postura de todos: o silêncio.
Não estou aqui fazenho nenhuma CRUZADA contra o Presidente da Federação, não estou aqui querendo envolver atletas, exponod-os a punições, perseguições.
Não estou aqui chamando nenhum atleta de covarde, nem tentando semear discórdia de forma injusta e desleal.
Acredito que você estão acompanhando meus artigos, e sei muito bem que quem tem direito a votos na federação não são os atletas. Mas sei que quem mantém a Federação são os atletas, eles são a base de tudo.
Tomar atitudes ou postura de manter-se calado, por medo, é manter a decadência do judô de Pernambuco.
São os pais que não podem calar, ou adotar a postura de não se expor por medo, por acomodação de não se envolver. São os pais que são exemplos para nossos filhos. E levantar que tivemos vários atletas que foram perseguidos, é verdade. Mas hoje, esses atletas podem levantar a cabeça, olhar no espelho com dignidade, por que aprenderam no judô a construir uma vida digna, e são reconhecidos por todos.
Nossos adolescentes não podem aceitar esta postura passiva, e acredito que alguns pais estão se posicionando porque seus filhos estão cobrando. Isto é mudar o homem.
Aceitar passivamente todos os atos injustos, ditatorias, prepotentes, arrogantes é formar que tipo de homens/mulheres?
Não! Não posso compactuar com isso.
Não tenho interesse escusos em atletas, em academias, tenho sim interesse em despertar o Leão do Norte que está adormecido e humilhado.
E compactuo com o judoca que escreveu: ONDE ESTÁ OS ATLETAS AMIGOS DE STHEPHANIE, que preferiram o silêncio a silêncio a se expor? ONDE ESTÁ OS PAIS DESSES ATLETAS, AMIGOS DE CRISTINA, que preferiram o silêncio a se expor?
Não sou eu quem deve resposta, mas todos os que estão calados.
Já disse, não tenho a pretensão de DERRUBAR MOTA, aliás, ele mesmo afirma; ISSO PASSA, EU SEMPRE VENÇO. Perde o judô de Pernambuco porque os atletas se calam, os pais se omitem, os donos de acadamia se acovardam.
Pietro Garcia

5 comentários:
Em primeiro lugar, vemos que o Sr Pietro tem cumprido o quem tem dito. colocou comentários contrários a sua posição.
Hipoteco meu apoio ao blog, estávamos precisando de uma voz, mesmo que eu também não conheça o sr pietro.
o mínimo que se causou foi um novo evento no judô pernambucano. Alguns se ofendem, não concordam.
faz parte da natureza humana.
gostaria que esse blog continuasse a questionar e colocar os fatos do judô pernambucano, que muitas vezes ficam por baixo do tapete, com conhecimento de poucos.
Sr. Pietro ou quem quer que sejas. Não preciso nem nunca precisei de que alguém viesse me dizer o que fazer ou quando fazer, tenho passado, presente e identidade. Sou daqueles que acha que as guerras deveriam ser lutadas pelos senhores da guerra (os generais, os Buchs, etc.), pois é muito fácil defender a guerra, e na hora de guerrear enviar os soldados para morrerem no front. As guerras e batalhas que defendi, fui pessoalmente para o front com o meu CPF e RG. Não tenho a menor dúvida de que sou exemplo para os meus filhos, seja pelas palavras ou pelos atos, sempre os ensinei que o homem pode não ter nada na vida, mas de nada valerá ele ter tudo, se não tiver um nome e sobrenome, e o zelo por esse patrimônio imaterial. Sei que muitos até nem gostam de mim, mas tenho a certeza que até estes me respeitam. Quando entendi que devia tomar alguma atitude ou falar, contra ou a favor, o fiz me identificando e assumi meus atos, como estou fazendo agora quando senti que sua atitude de tentar envolver os atletas me parece equivocada e prejudicial a eles. Estou aqui defendendo os atletas e não a Federação ou qualquer outra pessoa. No meu modo de ver a razão de ser do esporte é, e sempre será o atleta e não os Pais, dirigentes, torcedores, etc.
Os atletas, como projeção daquilo que mais se aproxima do desejo humano de perfeição, devem ser preservados, e quando o senhor os questiona insinuando covardia pelos seus silêncios em relação ao episódio Sthephane, o senhor os está desrespeitando sim. Quando digo que estás semeando a discórdia entre eles, estás sim. Nesse episódio, está sendo utilizada a vaidade (uma das vicissitudes humanas) para obnubilar a razão e destruir amizades que foram construídas ao longo de larga convivência e companheirismo (até posso acreditar que não tenha sido esta a intenção, mas como diz a sabedoria popular, o inferno está cheio de boas intenções). Como a minha discordância com o Sr. se limita a isto (cobrança de atitude de atletas), encerrarei por aqui, reiterando o pedido que já lhe fiz, deixe os atletas de fora, respeite-os, eles querem treinar, competir, conquistar vitórias, e em alguns casos, por via reflexa, realizar os desejos e anseios dos Pais e terceiros, que muitas vezes, neles projetam o sucesso que não tiveram na vida.
Sr. Mazzoni, não tenho nenhum interesse em estar polemizando com V.Sa., até porque entendo que meu objetivo não é criar discórdia no meio dos atletas, e sim despertar em todos a posição crítica e contestadora tão necessária para o desenvolvimento do ser humano em sociedade.
A discórdia ou confrontos entre atletas só interessa a Mota, que tem feito isso nesses anos todos com maestria, pois vem dividindo para governar, conforme ensinava Maquiavel.
Ficar nesta discussão, é simplesmente corroborar o que Mota vem afirmando sempre que algo lhe é contrário: “Eu sempre Venço”.
O judô é um é esporte, e como esporte, desperta paixões, e elas se tornam mais exacerbadas, quando participamos como atletas, ou como pais de atleta. E a paixão cega às pessoas, e em momentos de grandes intensidades, provocando às vezes discussões e agressões, sejam elas verbais ou físicas. E como somos pessoas maduras, temos que ter essa compreensão e entender e às vezes perdoar certas ofensas.
E se tal fato aconteceu com seu filho, que acredito que sim, pela veemência de suas palavras, tenho certeza que você saberá discernir sobre o momento, e mostrar que compreende o fato, e saberá superá-lo, não por concordar com tais agressões, mas como mais um exemplo a ser seguido.
É evidente que a razão de ser do esporte é o atleta. É ele que de forma sacerdotal se entrega ao esporte. É ele que se sacrifica, tanto física como emocionalmente, e seria uma ignomínia desconhecer esse fato.
É evidente que temos que reconhecer a bravura de nossos atletas, pois é preciso superar todos os medos para entrar no tatame. É evidente que o atleta tem todo tipo de pressão (seja dos pais, que gritam na arquibancada, fazendo com que o mesmo se sinta na obrigação de ganhar, para não decepcionar seu pai (ídolo e herói)).
Mas, o esporte é fundamental na formação e no desenvolvimento do homem.
Durante vários anos, o Presidente da Federação Pernambucana de Judô vem impondo uma administração autoritária, implantando um regime de medo, aliás, V.Sas. deu vários exemplos de atletas que foram perseguidos por contestarem o status quo.
Mas o esporte também desenvolve além do espírito de competição sadia (não o espírito de inimigos), o espírito de companheirismo e solidariedade, e quando vemos o medo vencer estes nobres espíritos humanos, nos perguntamos: Esporte pra que?
Não estou incitando os atletas a brigarem com a Federação, mas estou despertando nos atletas e pais que questionem seus técnicos a se posicionarem em favor do esporte, com regras limpas, claras, transparentes e justas. Que não sejam mudadas a bel prazer de quem quer que seja.
Respeito-o como pessoa, como ser humano, e como pai, haja vista o comportamento de seu filho, seja no tatame ou fora dele.
Suas colocação merece reflexão.
Estamos vendo uma disussão sadia, de nível, com discordâncias e concordâncias.
É isto que faz o esporte crescer. É isto que fazem pessoas civilizadas.
Parabéns, por esta aula de civilidade e engrandecimento do judô pernambucan.
Parabéns, Sr. Marco Mazzoni
Pelo seu brilhante depoimento e faço de sua palavras as minhas. Realmente vem acontecendo um clima muito desagradavel entre os atletas do judô.
Mais não pudemos deixar que isso aconteça...
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