Tenho recebido alguns E-mails cobrando comentários sobre a 3a. Fase do Campeonato Pernambucano.Estive presente, vendo a quantidade de atletas por categoria, vendo o nível de nossos atletas, como sempre, e tanto pela manhã como a tarde, tivemos o mesmo retrato.
Não fiz comentários, porque seria a repetição do mesmo comentário da 2a. Fase.
Comentar Copas e Fases do Campeonato Pernambucano está se tornando repetitivo, onde a Federação sempre diz que foi realizada com sucesso.
Sucesso? Chamar de sucesso o pouco número de participantes, o pouco número de atletas disputando nas categorias, e até categorias sem atletas, é acima de tudo tripudiar da nossa inteligência. Mas, também é, ratificar o poder absoluto que detém o Coronel, que destrói o judô do Estado, que criminosamente detrói o sonho de nossos atletas.
Haverá sempre os campeões. Esse título serve para revigorar o ego de seus pais, o ego de seus treinadores, mas acima de tudo para aumentar suas ilusões. A ilusão de ser campeão de um Estado que não tem mais história recente, que não tem ambições de conquistas nacionais.
E nossos campeões saem de Pernambuco para disputar Copas e Campeonatos a nível nacional, e voltam decepcionados, sem entender como e por que não ganharam. Seus técnicos, silenciam. Seus pais se iludem. E Mota, ri.
Ri do quadro construído dia-a-dia, nesses últimos 20 anos. Um quadro que sepulta o judô pernambucano.
Por que haveria de fazer um comentário específico sobre a 3a. Fase do Pernambucano?
Falta-nos cidadania, espírito de atleta, espírito de competitividade, espírito de coragem para enfrentar e mudar o quadro.
Enquanto existir a subserviência que existe hoje em nosso Estado, assistiremos a queda de um judô que tem tradição e já foi referência nacional.
Pietro Garcia
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